sábado, 13 de outubro de 2007

Somo todos iguais?

Conseqüências patológicas da massificação humana

Viajemos a um lugar hipotético no espaço-tempo onde as únicas manifestações físicas da matéria fossem, além ti, um enorme espelho à vista e uma ínfima fonte de luz.

Tudo ali decorre de tuas prórias ações. Nada parece resistir aos teus movimentos: adiante, a imagem dança conforme a tua vontade. Neste lugar de profundo isolamento, todas as respostas emanam de tua mente: a tua realidade toma forma a cada instante, a cada pensamento. Tudo é perfeitamente previsível.

Subtamente, aquele espelho reflete
espontaneamente algo nunca antes visto: a imagem de um ser distinto aproxima-se lentamente. Vem de uma direção a qual não costumas olhar. Imóvel e em choque, percebes que a realidade não mais está sob controle. Enxergas um indesejável intruso que não responde as tuas vontades. Medo, insegurança. O desconhecido te inquere, te incomoda, te desafia.

Aquele ente posiciona-se ao teu lado. O velho espelho reflete movimentos diferentes, sóbrios, leves. A fonte de luz parece agora iluminar mais incisivamente aquele, indesejável. Perdes luminância. Estais prestes a sucumbir na escuridão. Teus movimentos não atraem mais luz que o teu próximo.

Mas a tua mente, resiliente, reproduz aqueles novos movimentos, diferentes. E a luz que antes desvaneicia, torna a te iluminar intensamente. Mas não como outrora. O universo não é indiferente.

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